MÍDIA QUE NÃO É PRAÇA DE TODOS

O tempo em que estamos "remoendo" nossa vida nos faz refletir sobre tudo o que nos rodeia. Ultimamente, no Brasil, "remoemos" os fatos que norteiam a administração de nosso país. Existem milhares de cidadãos que anseiam a vida pública para bem servir nosso povo de norte a sul. Alguns desejam o poder maior da nação: a presidência da república do Brasil. Enfim, milhares e uns tantos querendo governar.
Todavia, nem todos tem a boa intenção e índole para governar. Na antiga Grécia a escolha para governar a Polis (Cidade - Estado) era feita de modo "participativo". Apenas os cidadãos conscientes e bem formados podiam participar da ação democrática para eleger seus governantes e na ágora (praça pública) discutiam os assuntos relacionados aos problemas da Polis.
Nos últimos dias, em nosso Estado Brasileiro, o "quarto poder" procura "alienar" nossa opinião acerca de quem queremos para governar nosso país. Nos é jogada diretamente e sem a mínima chance de opinar sobre as questões éticas de sigilo da receita federal o que os cidadãos de bem de fato acham de tudo isso. Aprendemos que a participação é popular no que tange nossa total consciência. Mas, a grande mídia não nos deixa pensar, mas nos joga a própria opinião sobre o que ela pensa. Na raiz da palavra ética está o ethos que nos permite pensar sobre a "nossa casa", ou seja, oikós e que nos faz refletir sobre a economia. Em outras palavras, em síntese: ética, casa e economia mexem com toda a estrutura da sociedade e, claro, com a vida pessoal e social de todos os cidadãos. Criar tempestade num copo d'água é querer pensar pouco sobre os verdadeiros problemas e soluções para questões muito maiores em nossa realidade social.
Diria que os que pensam baixo e pouco e nulamente sem nexo esquecem que existem coisas mais importantes para debater e, no meio de tantas "fofocas midiáticas", quem sofre são os mais pobres e abandonados que ficam no meio desse tiroteio de acusações e o que de fato deveria ser discutido fica à margem.
Creio que nossas opiniões são importantes. Num lugar que chamamos de ágora no tempo da Grécia antiga, podemos chamar de mídia comprometida com a vida de todos - como ágora - para realmente debater e dar as informações esclarecedoras a fim de que todos os cidadãos tenham voz e vez naquilo que nos interessa e nos faz ser cada vez mais cidadãos.