O que me fascina na vida é ler o que os poetas escrevem. Eles falam pelas letras e costuram com elas como a vida é. Evidentemente escrevem com ângulos diferentes, desenham com lápis e cores diversas para explicar certas coisas imperceptíveis por nós meros mortais humanos.
Tem coisas que, na poesia, se eternizam. Tem coisas na vida que, quando passam, são como bolas de sabão: lindas! Mas, quando soltas morrem em segundos... Vida passageira, sem cores e sem vida, sem saudades.
A vida com poesia faz dela um conjunto de realidades faladas, idealizadas, construídas, eternizadas... Mesmo que escritas por um simples coitado, nem sempre lembrado, mas conjuntamente - nelas! - formadas, por suas singelas palavras... Da vida que ora tal poeta experimentou.
Gosto, sinceramente escrevendo, da vida com poesia. Ou melhor! Da Poesia na vida. Acredito nas utopias. Elas nos sustentam. Quando existe a dor, existe a esperança ao mesmo tempo. Quando a dor machuca forte, a coragem a destrói com as palavras livres, fortes, capaz de nos motivar para horizontes infinitos.
Muitos podem dizer que a poesia é para os "vaga-bundos". E é mesmo: "vaga", caminha, "bundo", no mundo, procurando encontrar rumos para que a vida seja mais livre, eficaz, na riqueza de valores infinitos, incomerciável, num mundo aonde o ser humano está sendo menos importante e o prazer das coisas passageiras suprimem, sufocam a vida.
Gostaria que todos os homens do mundo fossem por um dia poetas. Pelo menos em um dia o mundo brilharia como o sol brilha sobre todos nós! Brilhando o mundo enriqueceria as estrelas do infinito universo de "sóis" e astros na vida e no coração de nós humanos.
