AMOR QUE AMA

O que será da humanidade sem o amor?
Um nada! Seres inexistentes,
Não terá: futuro, muito menos presente...
Do passado... Lembranças.
Talvez, quem sabe, paixões sem esperança.

Não! Não acredito num mundo sem amor!
Ele coordena a vida,
Desfaz ideologias fascistas,
Constrói as verdades humanas.

Creio no amor!
Num amor coerente,
Amor de gente!
Capaz de ensinar o perdão a cada nascer do sol,
A cada estação, ou fases lunares...
Amor com chaves,
Amor crescente,
Amor presente!

Não acredito que um dia o amor morrerá!
Porque sei que ele se renova,
Ele nos consola,
Em cada coração que o aceita,
O recebe, o acolhe.

O mais puro amor é aquele que é sereno,
Amor grande ou pequeno,
Amor que fascina,
Que ensina a viver,
E que, no bem-querer:
Amor que ama!
Amor que não engana,
Amor constante,
infinitamente!
Amor da gente!

PARALELEPÍPEDOS

Não, não estou imaginando...
Nem estou sonhando,
Apenas sentindo dentro do peito...

Sim, sou vivo! Vivendo o tom, o soar do coração,
Batidas desconcertadas, constantes, de tal sofreguidão...

Sim, sim estou vivendo...
A mais pura certeza!
De quem, olhando o horizonte,
Consolando-se pela luz que vem de dentro.

Quem sabe, então, consolar-me em tão certa vivência?
Um tom da verdade, um soar de um coração que bate,
fora de mim!

Não, não quero parar de sonhar...
Soarei a mais bela canção que nenhuma palavra poderá traduzir,
fluir... Quem sabe, as constantes vozes de mim.

Poderei sim, olhar dentro de mim!
Olhar-me e traduzir-me no mais puro amor,
Soar o amor, construir - cada vez mais - o que sou!